Logo que a lancha chegou com a equipe médica, começaram a surgir canoas trazendo adultos e crianças em busca de atendimento. Os ribeirinhos do Purus têm os dentes muito estragados e sofrem muito com dor de dentes, por isso a procura pelo atendimento dentário é grande, e como eles basicamente, só contam com os NasH da Marinha, ficam aliviados quando a equipe chega.
Improvisei uma exposição com as reproduções montadas nas pranchas de mdf, no chão de terra mesmo, encostando-as em uns pedaços de madeira , junto com o bauzinho do pintor e iniciei as atividades contando as histórias de Candinho , do livro O Menino de Brodósqui. O local não poderia ser mais precário! Mas o que vale a pena mesmo é ver a alegria das crianças quando usam as tintas guache, que são um elemento totalmente novo para elas, pois nunca tiveram tal material para brincar. Deixo-as sempre muito a vontade para experimentarem todas as cores e criarem o que quiserem.
A casa de farinha transformada em ateliê.
Esta comunidade tem muitos jovens e um deles se aproximou de nós e pegou a prancha com a reprodução do índio com o cesto de peixes na cabeça. Pediu-me papel e lápis, sentou-se no chão e, colocando a reprodução em frente a ele, começou a copiá-la. Quando terminou de desenhar me disse que era um índio apinagé.
A Dra. Danielle atende a uma jovem com dor de dente.
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